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O desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio e as oportunidades para o mercado de trabalho no Brasil

Nivalde de Castro – Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL).Luiza Masseno Leal – Pesquisadora do GESEL e da Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação Rede de Estudos do Setor Elétrico (ICT RESEL).Bruno Elizeu – Pesquisador Júnior do GESEL. Os impactos negativos das mudanças climáticas no mundo se tornam cada vez mais agressivos, determinando de forma crescente perdas materiais, danos ambientais e sociais. Neste contexto, o processo de transição energética ganha relevância na pauta de discussões internacionais e representa oportunidades à construção de novas cadeias produtivas e à obtenção de benefícios econômicos. A partir deste novo paradigma energético renovável, uma das preocupações de países em desenvolvimento, como o Brasil, se refere ao aproveitamento das oportunidades para ampliação das oportunidades de emprego e de trabalho e geração de renda. Segundo o relatório “Renewable Energy and Jobs 2022”, da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês), o emprego mundial em energia renovável cresceu 12 milhões, em 2021 em relação ao ano anterior. No computo total, segundo o mesmo estudo, a Ásia detém quase dois terços de todos os empregos, sendo que a China, sozinha, responde por 42% do total global. Em seguida, a União Europeia e o Brasil possuem uma participação de 10% cada, enquanto os Estados Unidos e a Índia detêm, respectivamente, 7% cada. Além disso, as perspectivas do relatório indicam que, até 2030, em um cenário ambicioso de transição energética com investimentos antecipados, o número de empregos no setor de energia renovável pode aumentar para 139 milhões, incluindo mais de 74 milhões em eficiência energética, veículos elétricos, sistemas de energia/flexibilidade e hidrogênio (H2). No entanto, o grande desafio é que a transição para fontes de energia renovável requer a qualificação e requalificação da mão-de-obra para que os trabalhadores possam se adaptar às mudanças das cadeias produtivas, incluindo o setor de H2. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo analisar o panorama geral dos principais eixos e ações para a promoção do desenvolvimento do mercado de trabalho para a economia do H2 verde no Brasil. Um ponto de partida estratégico, é que o Brasil possui vantagens competitivas para o desenvolvimento das cadeias produtivas de hidrogênio verde (H2V) e, por isso, se encontra em uma posição privilegiada para aproveitar as oportunidades de crescimento que surgem no mercado de trabalho para esta indústria nascente. De acordo com o relatório “Hidrogênio Verde: Oportunidades para o Brasil”, elaborado pela Fundação Heinrich Böll Brasil, algumas das oportunidades de trabalho na cadeia produtiva do H2 no país estão relacionadas à criação de projetos para a produção de H2V. Esses projetos envolvem construção, produção e operação de plantas geradoras de energia elétrica renovável, bem como a produção, distribuição e comercialização de H2V. O relatório também aponta que a cadeia produtiva do H2V pode criar empregos em várias regiões do país, contribuindo para a descentralização econômica e redução das desigualdades regionais. Em outro estudo relevante, “Mercado de Hidrogênio Verde e Power-to-X: Demanda por Capacitações Profissionais”, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), ressalta-se que o Brasil possui um enorme potencial para se destacar como um dos principais produtores e exportadores de H2V do mundo. Para atuar nesse mercado global, todavia, é fundamental que o conjunto de profissionais desta indústria nascente, possuam conhecimentos amplos sobre a estrutura geral do setor energético, seu mercado e arcabouço regulatório, as ferramentas computacionais e a capacidade analítica de dados. Ademais, é essencial que os profissionais adquiriram habilidades e competências específicas, tais como conhecimentos em tecnologias de eletrólise e combustão de H2, segurança em operações e gerenciamento de projetos de infraestrutura de H2. A questão central é a urgência no processo de qualificação de novos profissionais na área, de forma a possibilitar o planejamento geral para o atendimento da demanda das empresas deste novo e promissor mercado. Assim, a capacitação de recursos humanos é uma parte fundamental e estratégica para o desenvolvimento do mercado de H2V, especialmente para o Brasil que tem condições de liderar esta indústria nascente, precisando assim tornar-se protagonista no processo de qualificação. As políticas públicas em desenvolvimento no Brasil, firmadas no Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050), Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032) e o Plano Nacional de Hidrogênio (PNH2) objetivam fomentar o uso do H2 como vetor energético, com o intuito de aumentar a competitividade do país no mercado nacional e global de bens e serviços. Neste sentido, o PNE 2050, por exemplo, reconhece a ampliação da matriz energética do país com fontes renováveis como uma oportunidade para o desenvolvimento tecnológico e econômico, incluindo a produção de H2V, recurso energético que irá gradativamente substituir o petróleo com principal commodity energética mundial. O PNH2, por sua vez, inclui ações para o desenvolvimento da capacitação em todas as etapas da cadeia produtiva do H2, desde sua produção até seu uso final, por meio da criação de programas de formação técnica e profissional em parceria com instituições de ensino. Além disso, o plano prevê o estímulo à pesquisa, ao desenvolvimento de novas tecnologias e à promoção de investimentos em infraestrutura, com o objetivo de aumentar a eficiência e a competitividade do setor de H2V no país. No setor dos transportes, o Programa Rota 2030 incentiva a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e menos poluentes, incluindo o uso de H2 de baixo carbono como combustível para veículos de carga. Deste modo, a capacitação emerge como um meio relevante para impulsionar a inserção do Brasil no novo e promissor mercado energético do H2V. As ações na área são amplas e incluem a capacitação técnica e profissional, a criação de disciplinas e unidades curriculares, a produção de patentes, livros e publicações científicas, além de capacitação no setor público e a promoção de intercâmbio entre o setor público, o setor privado e a Academia no âmbito nacional e internacional. Nestes termos, e a título de conclusão, a transição para uma economia mundial baseada em H2 de baixo carbono, em especial para o H2V, é uma

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Investimentos em hidrogênio verde devem movimentar US$ 12 trilhões

Pesquisa aponta que demanda por combustível de baixo carbono em 2050 deverá ser até 5 vezes maior do que a produção atual O hidrogênio verde está se tornando uma oportunidade de alta lucratividade para investimentos focados no desenvolvimento sustentável, aponta um novo estudo do Boston Consulting Group (BCG). Batizado de Building the Green Hydrogen Economy, o estudo indica que diante de um cenário em que governos renovam a sua infraestrutura para garantir a neutralidade de carbono, os investimentos em produção e transporte do insumo devem chegar até US$ 12 trilhões entre 2025 e 2050.  O diretor executivo e sócio do BCG, Arthur Ramos, pontua que as metas mundiais de descarbonização estão impulsionando o setor do hidrogênio verde:  “O hidrogênio verde sempre foi uma alternativa considerada essencial para atacar segmentos de difícil abatimento da pegada de carbono, como transportes e uso industrial. Agora, diante das metas mundiais de descarbonização, vemos um novo impulso à essa indústria, com países estabelecendo estratégias nacionais para investimento nesse segmento. Entendemos que estes incentivos acelerarão a curva de experiência e ganhos de escala, viabilizando oferta em uma área de altas expectativas para a redução de emissões futuras”.  De acordo com o estudo do BCG, em 2021 houve uma demanda global por hidrogênio de cerca de 94 milhões de toneladas. A maior parte desta demanda foi produzida através de fontes fósseis, geralmente gás natural.  Porém, no cenário de 2050, a demanda pelo combustível de baixo carbono chegará entre 350 e 530 milhões de toneladas por ano. Para Arthur, há uma urgência em investir em infraestrutura para suprir esta demanda de forma sustentável:  “A partir dessa perspectiva, entendemos que os principais investimentos, em adição ao suprimento de energia renovável, devem ser voltados à produção e transporte do hidrogênio verde. Há senso de urgência. Se quisermos atingir as metas do Acordo de Paris, teremos de investir até 2030 algo em torno de US$ 300 a US$ 700 bilhões em infraestrutura”.  Brasil pode liderar produção de hidrogênio verde O Brasil é um dos países no mundo que está mais bem preparado para liderar o mercado de hidrogênio verde. Isso porque atualmente 85% da matriz energética no país é de fonte renovável. Além de contar com fatores de elevada competitividade para a produção de energia solar e eólica.  Ainda, o Brasil tem um custo competitivo de produção, transporte atrativo para mercado de exportação e potencial para operar em larga escala. Projetos em diversos estados já têm recebido investimentos internacionais para iniciativas de H2 verde, com foco no atendimento ao mercado externo e interno.  Porém, o sócio do BCG dedicado a novas fronteiras em energia renovável, Ricardo Pierozzi, chama a atenção para a necessidade de uma atitude imediata:  “O Brasil pode se destacar no mercado de hidrogênio verde e almejar um protagonismo em mercados externos, produzindo cerca de 15 milhões de toneladas de H2v e suprindo as necessidades da Europa e Ásia. Mas, para isso, governos e empresas precisam se mover rapidamente”.  Fonte: https://www.portalsolar.com.br/noticias/mercado/internacional/investimentos-em-hidrogenio-verde-devem-movimentar-us-12-trilhoes

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Petrobras e China Energy formam grupo de trabalho para projetos de energia renovável

A Petrobras disse nesta quinta-feira (4) que irá criar um grupo de trabalho com a China Energy International para analisar oportunidades de negócios conjuntas, com foco em geração de energia renovável e hidrogênio “verde”. Segundo comunicado da estatal, a proposta das empresas é desenvolver oportunidades de negócios em parceria para o segundo semestre de 2023. Para a Petrobras, a parceria reforça a diretriz da nova gestão da estatal brasileira de ampliar investimentos no segmento de energias renováveis, “buscando uma transição energética justa”. “Queremos nos firmar como a maior empresa de energia integrada do Brasil. Temos preços competitivos, bons parceiros, grandes projetos e estamos olhando novas oportunidades de negócios”, disse em nota o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que se reuniu com o presidente da estatal chinesa, Lyu Zexiang, em Brasília. No encontro, Lyu Zexiang informou que a China Energy International tem um orçamento de US$ 20 bilhões para investimentos fora da China, sendo que importante parte deste montante poderá ser destinada ao Brasil, disse a Petrobras. A China Energy tem buscado explorar áreas como armazenamento de energia e tem projetos e estudos com hidrogênio e amônia verdes. A chinesa opera também na área de saneamento básico e dessalinização em alguns países. O grupo de trabalho entre as empresas será organizado pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim. A composição do grupo será definida nas próximas semanas. Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/petrobras-e-china-energy-formam-grupo-de-trabalho-para-projetos-de-energia-renovavel/

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São Paulo Expo

Endereço: Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km – Vila Água Funda, São Paulo – SP, 04329-900

Believing in the successful expansion of the hydrogen economy, we have created a permanent international forum for the discussion of issues related to the transition from fossil energy to renewable energy, where we will bring together business, political and scientific decision makers along the entire value chain of the sector to present new technologies.  

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Event: 2nd Brazil-German Congress on Green Hydrogen

Event: 1st Brazil-German Congress on Green Hydrogen



Webinar: The role of Brazilian Green Hydrogen in the new global energy geopolitics – 08/25/2022



Webinar: O Hidrogênio Verde na Alemanha e as oportunidades para o Brasil – 20/10/2022



Webinar: Green Hydrogen Certification in Brazil – 01/26/2023



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